23/11/2012
Leilões devem movimentar R$ 20 milhões
Este segmento é responsavél pela maior fatia dos R$ 100 milhões em négocios espera dos para este ano, conforme previsão dos organizadores.
A Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro)deve movimentar R$20 milhões só com leilões.
Este segmento é responsavél pela maior fatia dos R$ 100 milhões em négocios espera dos para este ano, conforme previsão dos organizadores.
O evento, que começa neste sábado, no Parque de Exposições de Salvado, também promoverá venda direta e indireta de animais,implementos e financiamentos agrícolas e maquinários. A exposição também possibilita uma rede de contatos que gera vendas mesmo depois do fim dos leilões.
Na programação, que vai até 2 de dezembro, estão 24 leilões de raças como quarto-de-milha, nelore, gir, girolando, santa-inês e cabras leiteiras. A estrutura da feira facilita as transações tanto para quem vai comprar, pois tem na marca do evento uma referência de qualidade, quanto para quem vai vendar e contará com a estrutura jurídica e de pagamento.
"O interessante da feira não é só a comercialização dos animais, mas a virtude que ela é", ressalta o criador Anderson Pedreira, da Fazenda Gaspar, em Várzea Nova, região do semiárido.
Anderson pretende levar ao ovinos da raça santa inês aos leilões motivado principalmente pelas vendas que costumam acontecer após o evento. "nem sempre voçê fecha o negócio na hora.Muita gente conhece o gado e depois resolve visitar a prorpiedade.Essas vendas aumentam em 40% do faturamento da fazenda", conta.
Os rebanhos baianos de caprinos- o segundo maior de país- e o de ovinos foram os mais afetados pela falta de chuvas, na avaliação do secretário estadual da agricultura, Eduardo Salles. " cerca de 94% desses rebanhos estão nas aréas atingidas pela seca", afirma.
Estima-se que 40% dos animais tenham sido vendidos em condições desfavoráveis por causa da estiagem. Apesar disso, o diretor financeiro da Associação Baiana de Criadores de Caprinos e Ovinos(ACCOBA), Almir Líns, afirma que a situação não é preocupante, pois o rebanho de rápida recuperação.
Prevenção
No entanto, Pedreira acredita que um bom sistema de previsão meteorológica ajudaria o setor previnindo os criadores da necessidade de diminuir os rebanhos.
Ele acrescenta que a falta de chuva, desde meados de fevereiro, reduziu em 35% o número de ovinos na sua região, "tive ovelhas que nasceram e foram para o abate sem saber o que é chuva", ressalta.
Salles acredita que o crédito emergencial que passou a ser concedido pelo Banco do Nordeste, no final do primeiro semstre, é uma alternativa a situação dos criadores de ovinos. A Bahia recebeu R$ 1 bilhão destinados aos estados nordestinos, sendo que R$ 237,8 milhões já foram aplicados.
Do valor total, R$ 190,2 milhões foram apenas para a agricultura familiar. Ainda não há informação sobre a continuidade do crédito em 2013. "Queremos muito que isso seja prorrogado", diz o secrétario.
Jornal A Tarde