10/10/2013
Criadores de caprinos usam palma forrageira para enfrentar a seca
A variedade de palma usada nas Unidades de Aprendizagem Familiar é a Nopalea, conhecida no Nordeste como Miúda.
Mais de 20 mil pequenos produtores de caprinos e ovinos, no Vale do Guaribas, na
região centro-sul do Piauí, serãobeneficiados até 2015 com reservas estratégicas
de forrageiras, para que eles possam enfrentar os longos período de seca. A
boa-nova vem de ações de transferência de tecnologias, executadas pela Embrapa
Meio-Norte, através do Programa Brasil sem Miséria, do Governo
Federal.
Quatro Unidades de Aprendizagem Familiar, em área de 800 metros
quadrados cada, com palma forrageira adensada, já estão implantadas nos
municípios Padre Marcos, Paulistana e Jaicós. Vinte e cinco técnicos
extensionistas da região foram treinados em cultivo, trato culturais, controle
de pragas e manejo alimentar.
Com a capacitação dos técnicos, a ideia,
segundo o veterinário Anísio Ferreira Neto, coordenador das ações, é que o
material genético da palma, para multiplicação, chegue ao alcance de pelo menos
90 por cento dos produtores da região até 2015. O material já está sendo
multiplicado, com o uso da irrigação por gotejamento e por gravidade, nas quatro
unidades instaladas.
A variedade de palma usada nas Unidades de
Aprendizagem Familiar é a Nopalea, conhecida no Nordeste como Miúda. E por que
ela foi a escolhida? O veterinário Anísio Ferreira Neto responde: “Ela possui 90
por cento de água, o que permite alimentar e garantir a plena dieta hídrica dos
animais nos períodos críticos de seca”.
Um exemplo da eficiência dessa
variedade está no perfil das carcaças da maioria dos animais da região. Segundo
o veterinário, um caprino ou ovino que pese 40 quilos de peso-vivo, tem uma
necessidade alimentar de 12 quilos de forragem verde e oito litros de água por
dia. “Esses animais – diz ele – consumindo nove quilos de palma Nopalea (Miúda)
por dia, estaria então consumindo 7,2 litros de água. Este é o grande
diferencial”.
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