13/02/2017
Oficina da Rota do Cordeiro, em Bagé, reúne mais de 60 pessoas
“Ser referência em produção e comercialização ovina e caprina diferenciada, promovendo a valorização do produtor rural, a organização e o desenvolvimento socioeconômico c
Esta foi a visão construída pelos produtores, técnicos e entidades que participaram da 1ª Oficina de diagnóstico e carteira de projetos da Rota do Cordeiro para a região do Alto Camaquã, que se realizou na sede da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos – ARCO, em Bagé (RS). Essa é a forma como o pólo quer ser reconhecido daqui para a frente.
Foram dois dias (02 e 03 de fevereiro) de muito trabalho, debate, troca de experiências e de construção conjunta de projetos voltados para produção e mercado de ovinos para as mais de 500 famílias de pequenos produtores nos 08 municípios do Alto Camaquã.
Aline Fagundes, coordenadora geral de desenvolvimento regional do Ministério da Integração Nacional – MI, aponta como grande diferencial do programa Rotas é justamente a participação de todos os atores, de todos os envolvidos na construção de projetos, de políticas públicas e de ações que serão usufruídos por eles mesmos, pelos próprios beneficiários. “Quem vive o dia a dia do arranjo produtivo tem muito mais propriedade de conhecimento dos seus problemas e de suas forças do que nós em nossos gabinetes, aqui levantamos os problemas e já apontamos os responsáveis pela solução entre os parceiros, sejam demandas de articulação ou as financeiras” conclui Aline, ressaltando que nem sempre as ações dependem de aporte financeiro e que muitas vezes os problemas e ações são resolvidos entre as próprias entidades e instituições parceiras do programa.
A produtora da localidade de Capela, interior de Piratini (RS), Vera Tarouco falou sobre a importância da preservação da identidade local, que mesmo que os produtos ganhem novos mercados nacionais, a região e as pessoas do Alto Camaquã devem seguir sendo referências para elas mesmas, preservando a sabedoria e a beleza do local, “precisamos que nossos filhos e nossos netos entendam a importância de seguir o nosso trabalho”, diz a produtora.
Entre os vários temas discutidos pelos presentes estiveram a gestão interna da propriedade, manejo, sanidade, melhoramento genético, assistência técnica e extensão rural, logística, transporte, comercialização, indústria, capacitação, introdução e uso de novas tecnologias, escala de produção, desenvolvimento regional, geração de renda e produção sustentável. Temas que demonstram a complexidade de gerência da cadeia produtiva de ovinos e do quão sério e responsável o tema é tratado por todos os envolvidos.
O Programa Rota do Cordeiro não tem prazo de término, a gestora Aline diz que o objetivo é de que em algum tempo o polo não precise mais do ente público, “mas enquanto for necessária nossa ação e presença, estaremos juntos aos polos”.
Na próxima semana a equipe de consultores, do MI, ARCO e Embrapa estarão em Santana do Livramento (dias 06 e 07) e, em Uruguaiana (08) para as oficinas da região Fronteira Oeste.
São parceiros no Polo Alto Camaquã a ARCO, MI, MAPA, Embrapa, Associação de Desenvolvimento do Alto Camaquã (ADAC), APL Alto Camaquã e as entidades da governança do APL.
Arco